No capítulo 9 de Atos, Lucas narra a conversão do então perseguidor da igreja Saulo de Tarso. Sua conversão ocorreu em dois episódios: Cristo se manifestou a Saulo no caminho a Damasco, impactando-o profundamente (At 9.1-7); e, depois de três dias, por meio de Ananias, o Espírito Santo regenera o coração de Saulo (At 9.10-19). Nesse episódio Jesus afirma que o futuro de Paulo envolveria levar o nome de Jesus e sofrer por ele:
“este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (At 9.15,16).
Cada cristão, ao longo de toda a história, carrega consigo um chamado. Certamente nem todos envolvem uma atividade tal qual a de Paulo, mas todo cristão é desafiado a levar o nome de Jesus onde quer que o Senhor o tenha colocado. O sofrimento na vida do cristão, portanto, não se trata de “má sorte”, “acaso”, ou necessariamente castigo, mas de seguir a Cristo em obediência. Levar o nome de Cristo não nos isenta de dificuldades no mundo, pelo contrário, em muitas ocasiões, o cristão será perseguido justamente por se manter fiel ao Deus Santo.
Mesmo em um nível vivencial, seja no emprego, vizinhança ou família, somos convocados a sofrer as consequências de carregar o nome de Jesus onde quer que estejamos. As bem-aventuranças pregadas por Jesus (cf. Mt 5.1-12) descrevem o comportamento contracultural dos cidadãos do reino. Aqueles que vivem conforme as bem-aventuranças serão perseguidos. É matemático! E longe de ser um fardo insuportável. Jesus exorta: “regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.” (Mt 5.12)
Paulo reverbera o ensino de Cristo: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8.18). A glória contemplada é a da vida eterna que derrama esperança em meio aos sofrimentos suportados nesta vida. É a glória de Cristo que nos dá uma perspectiva distinta diante do sofrimento.
Sem. Tiago Sousa.
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