Criados para Amar!

“O Senhor viu que a maldade do homem era grande na Terra e que toda intenção dos pensamentos de seu coração era apenas má continuamente. E o Senhor se arrependeu de ter feito o homem na terra, e isso o afligiu profundamente.” (Gênesis 6: 5)

Talvez ainda mais chocante seja a natureza profundamente pessoal do versículo, que descreve esse sofrimento divino. Você pode imaginar as lágrimas escorrendo do Criador enquanto ele examina as criaturas que projetou com tanto amor, mergulhando o mundo no caos movido pela busca egoísta de prazer?

O que poderia ser tão significativo para evocar uma resposta como essa do Pai dos filhos do mundo? Uma traição pessoal ao amor relacional. Quer você saiba ou não, todos nós somos amantes; Deus nos programou para amar. Tudo o que fazemos, fizemos e faremos em nossa vida é motivado pelo amor.

Nosso primeiro e único amor foi feito para ser por nosso Criador. Jesus diz que o grande e primeiro mandamento é “amar o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mateus 22:36). Desse amor a Deus vem a obediência ao restante de seus mandamentos. Porque amamos a Deus, o legislador, temos alegria em permanecer dentro de seus limites. Mas algo horrível aconteceu. Após a queda, um amor sedutor, poderoso e enganador substituiu o amor que deveríamos ter exclusivamente para Deus: o amor de si mesmo.

Quando escolhemos amar a nós mesmos, torna-se muito fácil ultrapassar os limites de Deus, porque nossos corações não são mais motivados pelo amor por ele. Quando violamos sua lei, destinada a nos dar vida, o mal prospera de uma forma que Gênesis 6: 5 descreve. E assim, a humanidade precisava ser resgatada. Alguém foi obrigado a fazer o que não poderíamos fazer por nós mesmos: derrotar o amor de si mesmo e restaurar o amor de Deus em nossos corações.

“E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Coríntios 5:15).

Nesta época do Advento, celebre o bebê que veio para entregar amantes traidores como eu e você de volta ao nosso amor original. Mas lembre-se também de que a obra de resgate do Messias é um evento e um processo.

Pela graça, não somos mais escravos do amor a nós mesmos, livres para experimentar o amor de Deus que satisfaz a alma. No entanto, o amor por si mesmo permanece, por isso devemos estar cientes de que a batalha do amor é travada em nossos corações. Cada situação, local e relacionamento em nossa vida cotidiana é uma zona de guerra, onde o amor de Deus e o amor de si mesmo lutam pelo controle de nosso coração. Você está ciente desta batalha violenta?

Um dia, porque aquele bebê veio, cada célula do nosso coração será cativada pelo amor de Deus e viveremos alegremente dentro de seus limites para todo o sempre.

Esse é um motivo para comemorar o Natal este ano!

Deus abençoe.

 

Rev. Wagner Zanelatto.

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