Obediência é liberdade

 É verdade que aquilo do que você e eu mais precisamos é ser resgatados de nós mesmos! O maior perigo que enfrentamos é o fato de sermos pessoas centradas em nós mesmos. O que pensamos sobre nós é uma ilusão, e o que todos tendemos a querer é um desastre.  Junte essa autodefinição de si mesmo, com seus desejos desajustados e isto vai te lavar a um só lugar – a morte.  

Aqueles que tiveram a experiência da paternidade percebem claramente essa realidade em seus filhos. Via de regra eles pensam que são autossuficientes, que não precisam de autoridade na vida, mas unicamente de si mesmo. Mesmo antes de saber andar ou falar, ele rejeita sua sabedoria e se rebela contra a sua autoridade. Ele não faz ideia do que é bom ou ruim para se comer, mas briga contra toda tentativa de você colocar algo em sua boca, algo que ele decidiu que não queria.

Enquanto ele cresce, tem pouca habilidade para compreender o perigo que se esconde por trás de uma tomada elétrica, mas tenta colocar os dedos naquilo, justamente porque disseram para ele não fazer. Ele quer exercer completo controle sobre seu sono, dieta e atividades. Ele acredita ser direito dele controlar a própria vida, e então luta contra suas tentativas de levá-lo à submissão de sua amorosa autoridade.

Todos queremos governar nossos mundos.  Cada um de nós tem momentos em que vemos a autoridade como algo que põe fim à liberdade, em vez de oferecê-la. Cada um de nós quer Deus para assinar embaixo de nossa lista de desejos pessoais, e se ele o faz, celebramos a sua bondade. Mas se ele não o fizer, começamos a nos perguntar se vale a pena segui-lo em tudo. Como nossos filhos, cada um de nós vive na tentativa de ser e fazer o que não fomos projetados por nosso Criador para ser ou fazer. Assim, a graça vem para dizimar nossas ilusões de autossuficiência. Ela opera para destruir nossa perigosa esperança de autonomia. A graça ajuda-nos a alcançar o que realmente precisamos e ajuda a nos submetermos à sabedoria do Abençoador. Sim, é verdade, a graça nos livra de nós mesmos.

 

Rev. Wagner Zanelatto.

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